Um dia no CIP

Como um Centro que fomenta pesquisa de discentes e docentes tornou-se um importante espaço de troca

Por Guilherme Guerra e Naiara Albuquerque

No ano de 2015, o Centro Interdisciplinar de Pesquisa (CIP) completou 15 anos. Criado em 2000, já fomentou mais de 300 pesquisas para docentes e discentes. A professora Cilene Victor, doutora em Saúde Pública e Mestre em Comunicação Científica e Tecnológica, entrou na Faculdade Cásper Líbero em 2013, onde é, até hoje, docente dos cursos de Relações Públicas e Jornalismo. Em 2014, quando passou a ser Coordenadora do CIP, a professora relembra do que o antigo diretor da instituição disse em uma de suas conversas: “Um professor que não pesquisa é um mero repetidor”, disse o professor a Cilene.

Hoje, em 2016, o CIP fomenta atualmente 23 projetos de pesquisa. São 15 bolsas de iniciação científica para alunos do segundo e terceiro ano de todos os cursos, e mais 8 bolsas para docentes da instituição.

A ROTINA
Atenção e cuidado são alguns dos  adjetivos usados  pela Coordenadora do CIP Cilene Victor, que conta como o processo de acompanhamento das pesquisas científicas é feito por ela. Como toda pesquisa, exige tempo e paciência – às vezes meses. “Acompanhamos o andamento e produção das pesquisas dos docentes, que é também encaminhado de forma anônima para dois avaliadores”, diz a professora. E continua: “Depois, [fazemos] o pente fino e a diagramação da [revista acadêmica] Communicare.”

O CIP possui três monitores, responsáveis por atender em turnos alunos, professores e ajudar na coordenação de projetos. A monitora Gabriela Glette, do terceiro ano de jornalismo, conta que a experiência como pesquisadora despertou nela o interesse na área acadêmica, e hoje quer seguir carreira na área. E o CIP oferece uma experiência sólida a pesquisadores e monitores, como é o caso da estudante.

CIP
A sala do Centro Interdisciplinar de Pesquisa está no sexto andar da Faculdade Cásper Líbero

Além disso, a sala está sempre cheia com pesquisadores. É o caso de Laura Uliana, estudante do terceiro ano de jornalismo e pesquisadora discente que estuda fotografia. Aulas teóricas na faculdade levaram-na ao CIP, e dali pretende tentar um mestrado em Nova Iorque.

Essa porta de entrada para o mundo acadêmico tem crescido na Cásper. Em 2014, a concorrência para iniciação científica por parte dos alunos de graduação era de um candidato por vaga. Em 2015, a concorrência aumentou para 2,5, até que em 2016 esse número teve um salto para quatro candidatos por vaga. Eram 15 vagas que foram disputadas por mais de sessenta alunos dos quatro cursos de graduação (Jornalismo, Publicidade e Propaganda, Relações Públicas e Rádio, TV e Internet).

O CIP é, além de um importante fomentador de pesquisas, um mediador entre as coordenadorias dos quatro cursos de graduação, de pós graduação e, também, da coordenadoria de Cultura Geral. Auxiliando como apoiador da agenda de eventos da faculdade, como o PRATICOM que aconteceu esse ano.

Cilene Victor conta que, para o futuro, o CIP, além de ganhar ainda mais visibilidade na comunidade acadêmica, contribuirá para fortalecer a pesquisa em Comunicação Social da Cásper. Afinal, o CIP é o resultado de um trabalho coletivo.

A história do movimento estudantil durante a Ditadura Militar na Faculdade Cásper Líbero

 

Por que o Centro Acadêmico se chama Vladimir Herzog?

Por Beatriz de Paula, Mariana Gonzalez e Paula Calçade

“A Cásper, restrita ao quinto andar, era um espaço físico asfixiante, quase insuportável nos dias de calor. O cheiro de gordura dominava o ambiente no horário do intervalo. O motivo? No local onde hoje está a tesouraria ficava a cantina, que servia como uma única opção de lanche sanduíches de presunto e queijo”. O ano era 1977 e quem conta essa história é Igor Fuser, calouro do curso de Jornalismo daquele ano.

Ele, que hoje é professor de Relações Internacionais na Universidade Federal do ABC, descreve uma faculdade completamente diferente da atual Paulista 900 – e não só na aparência. Isso porque, à época, os movimentos estudantis passavam pela primeira onda de ascensão pós Golpe Militar de 1964. A Ditadura Militar ainda vigorava, mas a redemocratização “lenta, gradual e segura” já ajudava a afrouxar o regime. Organizações políticas como o Centro Acadêmico e frentes de luta – como a Frente Feminista Casperiana Lisandra, a Frente LGBT e o coletivo Africásper – ainda eram proibidos e a única instituição permitida nas universidades era o Diretório Acadêmico (DA), órgãos estudantis submetidos ao controle das instituições de ensino. “Mesmo assim, muitos DAs continuavam nas mãos de estudantes oposicionistas — e, em muitos casos, vinculados à esquerda clandestina – que seguiam a tática de usar todas as brechas existentes a fim de disseminar o combate à ditadura”, lembra Fuser.

Nesse período, figuravam na Cásper três grupos políticos principais: Espaço Livre, uma versão casperiana do grupo trotskista Liberdade e Luta; Novo Rumo, também trotskista e atual PSTU; e Construir, formada por simpatizantes de outras tendências não trotskistas e por militantes da Caminhando, que se dissolveu entre o PCdoB e PT. Apesar das diferentes visões políticas, a construção de um Centro Acadêmico que representasse os alunos era a prioridade de todos os alunos engajados. O receio geral, porém, era uma possível competição de representatividade entre um DA com reconhecimento oficial e apoio da direção, e um CA de esquerda.

Em decisão tomada pelo então diretor, Erasmo Nuzzi, uma assembleia foi convocada para a escolha da nova chapa do DA. Os três grupos políticos presentes na Cásper, embora de certa forma rivais, optaram por se unir em um único grupo, denominado “Centro Acadêmico”, que tinha como principal objetivo extinguir de vez o Diretório Acadêmico e criar um CA livre e autônomo. O resultado da votação resultou em 90% dos votos para a chapa das esquerdas, que concorreu com um grupo de alunos sem relação nenhuma com o movimento estudantil. Por unanimidade, decidiu-se que o nome do Centro Acadêmico deveria ser Vladimir Herzog, em homenagem ao jornalista morto pelos militares dois anos antes.

O ex-casperiano Rivaldo Novaes, atualmente professor e membro do PcdoB, conta que a chapa das esquerdas era formada principalmente por alunos do primeiro ano de faculdade. “A morte de Vladmir Herzog foi de um impacto terrível para os meios intelectualizados da sociedade, principalmente o meio jornalístico” conta Novaes. Como forma de homenagem, os estudantes chamaram Clarice Herzog, viúva de Vladimir, para a cerimônia de posse do Centro Acadêmico.

No processo da criação da entidade, o líder mais importante foi Mauro Lopes, aluno de Jornalismo que, depois de formado, se tornou um repórter político de grande destaque e atualmente militante do coletivo Jornalistas Livres.  Os anos seguintes foram marcados por muitas lutas na faculdade. A construção do CA teve o seu preço. A sala onde funcionava a sede do DA (atualmente a sala da Atlética) foi fechada. Sem local para se reunir nem para guardar suas coisas, o Centro Acadêmico funcionava nos corredores, mas era extremamente representativo e atuante.

O recente CA procurava estimular a organização dos alunos por meio de um conselho de representantes eleitos nas salas de aula. Entre as atividades cotidianas da entidade, as que conseguiam maior participação eram as promovidas por uma Comissão Cultural, com destaque para as áreas de música e de teatro. Nasceu naquela época, o grupo humorístico-musical Língua de Trapo, que sobrevive até hoje, liderado por Laerte Sarrumor. Entre os artistas que iniciaram sua carreira no CA está o ator Hugo Possolo, da companhia teatral Parlapatões. O jornalista Nelson de Sá, titular de uma coluna na Folha de S. Paulo, teve participação destacada na Comissão Cultural do CA. Confira o show da banda Língua de Trapo no Sesc Pompeia em meados dos anos 80:

                          
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Hugo Possolo (Foto: Arquivo SP Escola de Teatro

Atualmente, o Centro Acadêmico Vladimir Herzog funciona através de eleições anuais com a escolha de uma chapa por maioria simples dos votos dos alunos da Faculdade Cásper Líbero. Em 2016, a chapa + Vozes venceu a disputa e hoje organiza questões burocráticas e divulga ações de interesse dos casperianos, como o incentivo a um trote sem violência, em conjunto com os coletivos Lisandra, AfriCásper e Frente LGBT.

 

Os desafios de um professor recém-contratado

Jorge Tarquini conta sobre seus primeiros meses nas salas de aula da Faculdade Cásper Líbero

Por Otávio Urbinatti e Thiago Dutra

Quando se entra em um novo emprego, um leque de possibilidades se abre diante do contratado. Tratando-se de professores, então, são novos alunos, metodologias, instruções e adequações com a nova insitituição. Para saber como essas mudanças todas se passam na Faculdade Cásper Líbero, que é recheada de diferenciais, conversamos com o professor Jorge Tarquini, o qual leciona por aqui desde o começo do ano e dá a matéria Administração de Produtos Editoriais para o curso de jornalismo.

Tarquini tem um currículo que demonstra o porquê de tanta experiência. Ele já passou por inúmeras empresas e já se aventurou em diversos novos projetos. Para se ter uma noção, ele já foi diretor de redação das revistas Quatro Rodas, Terra e DOM e editor da Revista de Jornalismo ESPM, pela qual ganhou o Prêmio Esso de Jornalismo em 2013. Por essas e outras passagens por veículos empresas de grande porte, é enfático em afirmar que um dos seus principais desafios na Faculdade Cásper Líbero é implantar a ideia do empreendedorismo, como podemos ouvir no áudio a seguir:

Lecionando também nas Faculdades ESPM e Metodista, Jorge Tarquini exalta o que, para ele, é um dos principais diferenciais de se estudar e dar aula em uma faculdade localizada no coração da cidade de São Paulo.

Tarquini ainda analisa a sua relação com os alunos. Para ele, lecionar uma matéria a respeito de negócios no curso de jornalismo aparece como um grande obstáculo para firmar a relação com os estudantes. Muitos dos futuros jornalistas iniciam a faculdade vidrados na ideia de trabalhar nos grandes veículos midiáticos. Entretanto, sabe-se que esse mercado já não é mais o mesmo de dez ou vinte anos atrás; está cada vez mais restrito e o futuro do jornalismo caminha para outros rumos.

De acordo com o professor, não se trata do fim do jornal, do fim do profissional, é apenas a mudança na forma de fazer e de mercantiliza o jornalismo. Dessa forma, a disciplina Administração de Produtos Editoriais pode abrir uma nova oportunidade para o profissional. Mesmo sendo uma área bastante difícil, é evidente que ainda há a possibilidade de se trabalhar com o velho jornalismo. Contudo, o futuro está em outros setores. O empreendedorismo se torna uma alternativa, talvez o melhor caminho para de fato obter um lucro significativo com o que o profissional sabe fazer.

Tarquini enxerga um ponto extremamente positivo para os seus alunos. O professor explica que quando estes jovens saírem da faculdade estarão de certa forma preparados tanto para o mercado tradicional – como veículos, agências ou assessorias – quanto para a possibilidade empreender em seu próprio negócio ou em parceria com alguma empresa. Sem dúvidas, isso será um grande diferencial.

Vê-se, por fim, que os desafios para um novo profissional na Cásper Líbero não são apenas quanto aos novos colegas e ambiente de trabalho ou até mesmo quanto à localização da instituição. Os desafios são também enfrentados com os alunos e com esse atual jornalismo, e, Jorge Tarquini, está aqui na Cásper para que a faculdade forme profissionais que conheçam de fato o futuro que estão a enfrentar. Um professor que está desde o começo do ano tentando levar os alunos para o sucesso, ou melhor, para as estrelas.

888poker in JUCA: upswing em Sorocaba

Por Luana Toro e Marina Marini Balbino.

A 23º edição do JUCA teve uma novidade. Além dos esportes convencionais, foi a vez do poker entrar na jogada! 

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Rodrigo recebendo os prêmios l Créditos: página facebook JUCA.

Rodrigo Suriano, de 22 anos e estudante de Sistema de Informação na Anhembi Morumbi, estava em uma upswing* nos Jogos Universitários de Comunicação e Artes 2016. Ele foi o ganhador da primeira edição do 888poker in JUCA, evento patrocinado por um dos nomes mais confiáveis do poker online em parceria com a LAACA, liga atlética responsável pelo JUCA. O objetivo era desmistificar a ideia de que o poker é um jogo de azar, afirmando que conseguir um full house ou royal flush é questão de habilidade.

De acordo com  CBHT, Confederação Brasileira de Texas Hold´em, há cerca de 5 milhões de praticantes no Brasil e R$ 7 milhões de reais em prêmios são distribuídos anualmente. Essa, no entanto, foi a primeira vez que o esporte esteve presente no JUCA, mostrando que os jovens também estão inclusos nesses números.

O básico do poker

Cada jogador recebe duas cartas. O dealer, então, apresenta as cartas comunitárias – as três primeiras são denominadas de flop e a última é chamada de turn. As cartas comunitárias e individuais formam as mãos, que vencem uma as outras, e as apostas constituem o monte central. Após o resultante das apostas, o melhor conjunto de cartas, ou seja, a melhor mão, ganha este monte ou, então, o jogador restante caso os outros desistam.

Uma classificatória online aconteceu no dia 8 de maio e definiu os nove finalistas que participariam da final em Sorocaba. Renan Donas, estudante de Publicidade e Propaganda da Cásper Líbero, foi um dos classificados. “Eu participei das classificatórias junto com dois amigos meus, um da minha sala de Publicidade e Propaganda e outro de Relações Públicas. Só que eles não foram tão longe”, conta o estudante. Porém, um downswing atingiu Renan antes mesmo que ele se juntasse aos seus parceiros de jogo. Um problema de saúde tirou da mesa final o casperiano, que não teve a chance de apostar all in.

A final aconteceu às 16h, no EV Club Poker, em Sorocaba. Philip Shimizu, Rodrigo Suriano, Junior Botelho, Lucas Martins, Guilherme Mazer, Lucas Berti, Brian Ferderbar e Nicolas Barreto – apenas oito, devido à trap de Renan Donas – formaram a mesa em busca do prêmio, 30 dólares no site de poker, um troféu e uma camisa da seleção brasileira autografado por Denilson, embaixador do Team88 e campeão em 2002 com a Seleção Brasileira. O vencedor do evento elogia a organização:

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Créditos: página facebook JUCA

Apesar de ter sido reconhecido como um esporte mental em 2010, muitos ainda consideram o poker somente um jogo de azar, como os praticados em bingos e cassinos. Com Renan, no entanto, isso nunca aconteceu. “Comigo nunca rolou o preconceito de ‘jogo de azar’, e sempre quando eu vou jogar é com amigos, familiares e até mesmo em casas de poker, então não tem esse preconceito”, afirma o praticante.

Já para Rodrigo, o poker, além de um hobbie, é quase como uma segunda renda: “ele não me rende tanto dinheiro porque eu não estou com tempo para investir, mas o jogo me dá um apoio financeiro. Meus pais e amigos me incentivam bastante e isso me deu um gás muito grande já que estou jogando há quatro anos”. O estudante da Anhembi também lembra que o esporte exige um investimento muito alto em estudo.

O estigma que se criou sobre o poker faz com que algumas pessoas se esqueçam de que a modalidade tem a ver, além das cartas e matemática, com particularidade das relações humanas. Os blefes, as posições na mesa, os olhares, implied odds e o estilo de apostar, por exemplo, relacionam-se com o lado psicológico do jogador e adversários.

Créditos: assessoria

O 888poker também marcou presença nas festas, com um espaço para fotos que contou com Seu Juca, um personagem de bengala e com uma ficha de poker representando o site. A ideia de festa, no entanto, não tira a seriedade do esporte, como lembra Rodrigo: “o poker é um esporte da mente, não é à toa que em todos os anos os mesmos caras estão na mesa final do mundial”.

Então, em caso de segunda edição do evento no JUCA de 2017, os alunos que vestem vermelho e branco torcem para que a Cásper Líbero concretize seu upswing. Good luck e lead, ou, no melhor português, boa sorte, se preparem e saiam apostando! 

Termos do Poker*

Significados

ALL IN

Quando você aposta todas as suas fichas
BULLETS

Quando você recebe um par de ases na mão

BIG STACK

Jogador que possui mais fichas
BOARD

As 5 cartas comunitárias colocadas na mesa

DEALER

Quem distribui as cartas
FLUSH

Combinação de cinco cartas do mesmo nipe

FULL HOUSE

Ter um trio e par de cartas

HIGH ROLLER

Apostador que joga limites altos

ROYAL FLUSH

Sequência de mesmo Nipe do Às ao Dez, é a melhor mão possível

UPSWING

Onda de sorte no jogo

SPOT

Situação

TRAP

Armadilha

GOOD LUCK

Boa sorte

LEAD

Sair apostando

IMPLIED ODDS

As possibilidades estatísticas que você tem, depois do resultado assumido de apostar, para o resto da mão

A Cásper contra o estresse

Conhece a Arte da Mahikari? Na Cásper começarão a serem aplicadas terapias alternativas para quem está sendo engolido por São Paulo!

Estudar e trabalhar simultaneamente podre criar uma rotina com um grau elevado de estresse e ansiedade. Muitos compromissos para poucas horas de relógio que normalmente proporcionam uma sensação de cansaço e esgotamento diário.

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), 121 milhões de pessoas sofrem de depressão em todo o mundo. O Brasil apresentou índices semelhantes a países de primeiro mundo. Especialistas afirmam que não é possível dizer os motivos de o país ter atingido tais números, mas ressaltam que a amostra anexada à compilação da OMS representa a população da região metropolitana de São Paulo, e não do país inteiro.

Tal situação é resultado de uma infinidade de ações que, por estarem fora de consonância com nosso corpo, produzem toxinas e impurezas altamente prejudicais ao desenvolvimento/envelhecimento saudável das pessoas. Sendo, a concentração dessas energias negativas responsáveis pelo perecimento de diversos problemas diários, como enxaquecas, dores musculares, tonturas, torcicolos e muitos outros malefícios. A solução mais utilizada vem sendo o uso de medicamentos e substancias químicas com amplo acesso da população através das redes de farmácia.

No entanto, o uso excessivo de remédios causa o chamado “efeito rebote”, que se caracteriza pela volta, com agravantes, do sintoma controlado pelo remédio. Em outras palavras, se uma pessoa, numa de escala de 0 a 5, está sentindo um nível 5 de desconforto que o faz usar o medicamento, que o deixa com nível 1 ou 2, por exemplo, ao parar de tomar a substancia, esse desconforto ultrapassa o inicial, podendo chegar ao nível 6, 7 ou 8, muito além da escala de compreensão do mal-estar.

Como resposta, para se estabilizar os efeitos colaterais das drogas farmacêuticas, são indicados outros remédios que também possuem seus efeitos adversos, tratados por mais medicamentos, em um ciclo viciante que deixa o paciente em um estado de anestesia devido ao uso excessivo de medicamentos que precisa consumir diariamente.Somente um deles supostamente serve para tratar o problema inicial – dor de cabeça, por exemplo: os outros servem para camuflar os feitos de um tratamento paliativo e interminável que leva o paciente ao desligamento das reais causas dos sintomas.

Percebendo o quadro, o qual os alunos certamente estão inseridos, a Faculdade Cásper Líbero, em parceria com o Centro Acadêmico, irá disponibilizar um horário durante a semana para a aplicação de terapias alternativas. Entre outras possibilidades, está confirmada a aplicação da Arte Mahikari, que consiste na imposição de mãos, por meio da qual é transmitida a mahikari, ou seja, a “Luz de purificação”. A prática de Okiyome pode trazer benefícios diversos, como melhores noites de sonho, relaxamento muscular e uma imensa sensação de tranquilidade.

Para os praticantes, okiyome consiste na transmissão da “luz verdadeira” (Ma = Verdade; Hikari = Luz) através da palma das mãos ou da ponta dos dedos. Essa “energia cósmica e purificadora” eliminaria as essências tóxicas espiritual, mental e física, permitindo, dessa maneira, que o ser humano volte a viver de acordo com os princípios fundamentais do Universo, adquirindo de modo natural a saúde, a harmonia e a prosperidade.

Aos que sentirem necessidade de maiores explicações sobre os conceitos mais aprofundados por detrás da Arte Mahikari, clique aqui.

E como vai funcionar?

(tabela será inserida)

* Por Lucas Bicudo e Vinícius Elia

 

Da Paulista 900 para a vida acadêmica

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Por Larissa Herrera e Larissa Moreira

   O Centro Interdisciplinar de Pesquisa foi criado com o objetivo de produzir pesquisas acadêmicas. Iniciado nos anos 2000, mais de 200 projetos científicos já foram realizados e inspiraram diversos alunos sobre as possibilidades de seguir o caminho acadêmico na área da comunicação.

   Agora descubra o que acham as pessoas que se envolveram com o CIP. Um professor, alunos que já participaram e os que agora vivem esse momento.

Bruno Capozzi, 3 ano de Jornalismo e participante do CIP em 2015

Bruna Barone, 3 ano de jornalismo e participante do CIP em 2015

Beatriz Fontes, 2 ano de jornalismo e participante do CIP em 2016

Professor Dr. Luís Mauro de Sá Martino, orientador do CIP

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Para saber mais sobre o CIP, seus 15 anos de vida e os projetos envolvidos: Centro Interdisciplinar de Pesquisa (CIP)

O vermelho e branco visto com outros olhos

Todo ano, nesta mesma época, a maioria dos alunos da Cásper Líbero só sabe falar de um evento que se aproxima: o famoso JUCA (Jogos Universitários de Comunicação e Artes). Dentre as 22 edições competidas, os casperianos já conseguiram trazer três vezes o troféu de campeã geral para a Paulista 900. Neste ano, no último feriado, entre os dias 25 a 29 de junho, o inferno vermelho e branco não conquistou seu tetracampeonato, mas alcançou vitórias com diversos times como rugby feminino, futebol de campo, futsal masculino e tênis masculino, o que proporcionou à faculdade o 2º lugar nas classificações gerais.

Quem estuda na Cásper e vai ao JUCA, seja para jogar, tocar ou torcer, sabe como é fazer parte dessa paixão que une pessoas dos mais variados estilos. Casperiano entende casperiano: os perrengues, os trabalhos bimestrais, as cervejadas, a representatividade das frentes feminista, LGBT e o AfriCásper, as palestras, o Escadão. Mas como é tudo isso aos olhos de outras faculdades? Mais especificamente: como a Cásper é vista por alunos da PUC-SP, PUC-Campinas, Mackenzie, Metodista, Belas Artes, Anhembi Morumbi ou ECA-USP que vão aos jogos?

Mayara Jamelli foi pela primeira vez ao JUCA e viu na Cásper um adversário de peso na quadra, com “uma energia fora do comum, uma bateria bem empolgada, diferente das outras, torcida animada, com o astral lá em cima”, segundo a aluna de Turismo da Anhembi Morumbi. “Vocês sabem competir e levam isso bem a sério, mas mesmo com as rivalidades, houve integração”, completou Mayara. E suas impressões podem ser confirmadas pelo que se viu fora do estádio onde estava acontecendo a semifinal do futebol na sexta-feira, 27: mesmo com a Grifo perdendo para a Cásper, alunos das duas faculdades dividiam conversas e cervejas lado a lado, interagindo amigavelmente. “Vocês deviam só ter comparecido em peso nas festas”, reclama Beatriz Cristina Silva, também aluna da Anhembi.

Essa integração não se restringe apenas à Anhembi Morumbi. Também em um jogo de futebol, mas desta vez na final contra a PUC-SP, os casperianos Allan Correia, Anna Mota e Flávia Balista simpatizaram com os “rivais” puquianos Aslan Sanchez, Júlia Paolieri e Amanda Rana. Durante uma pausa para o almoço, Allan, Anna e Flávia conversavam sobre seus desgostos com a atração principal da Festa do Alojas na Cásper, na qual a Atlética Jesse Owens tinha chamado o cantor MC Serginho para animar a galera. O resultado foi o contrário do esperado: tiveram tantas reclamações sobre o cantor que o show foi cancelado com 20 minutos de festa. Aslan, Júlia e Amanda, ao ouvir as queixas dos três casperianos, resolveram compartilhar também suas decepções: na festa promovida pela PUC-SP, o show ficou por conta do grupo Trenzinho da Alegria, o que na realidade não alegrou muito os alunos presentes na festa.  “O ódio pelas duas festas nos uniu e começamos a conversar”, brincou Amanda. A PUC-SP demonstrou um grande carinho pela Cásper também ao se unir à torcida da faculdade durante a final do futsal masculino, no domingo: um grupo de aproximadamente 20 alunos da faculdade foi para a arquibancada cantar os hinos junto com a Aguante.

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Os casperianos Allan Correia, Anna Mota e Flávia Balista junto com Aslan Sanchez, Júlia Paolieri e Amanda Rana, da PUC-SP

Entretanto, mesmo sendo uma competição saudável, nem tudo são flores, amor e integração. Entre provocações e rivalidades, a semifinal do vôlei feminino teve a presença da torcida da Metodista em peso, enchendo a quadra com o som envolvente da sua bateria e, consequentemente, mexendo com o emocional das atletas casperianas.

A antiga rixa com o Mackenzie também foi sentida nos jogos e pelos alunos da faculdade. “A Cásper não chega a ameaçar o Mack nos jogos”, confessa o mackenzista Marcelo Ortiz, que teve sua primeira experiência no JUCA neste ano. “Pelo tamanho do Mackenzie, acho que vemos as outras faculdades com inferioridade por já termos 15 títulos”, disse Marcelo em tom de brincadeira.

“EI, BA, BA”, podia ser ouvido vindo da arquibancada da Cásper no jogo de Basquete feminino, que competiram pela vaga na semifinal do campeonato.  Mesmo com as brincadeiras sobre a Belas Artes ser pequena e fraca nos jogos, a integração também acontece entre os estudantes de ambas as faculdades e Claudia Nogueira, aluna da B.A, revela que sente como se fizesse parte da Paulista 900: “A galera da Cásper tem uma mente muito aberta. Eu me sinto à vontade em qualquer festa”.

Por Georgea Andrade e Yahisbel Adames

Igualdade em pesos equivalentes, e não iguais

Por Bruna Bazi Barone, 3º JO D

Discutir apenas os fins das políticas não garante o funcionamento das leis, diz psicóloga

Como fazemos valer uma lei? Como criamos e sentenciamos os direitos das pessoas? Como garantimos que as pessoas sejam iguais perante a lei mesmo que cada uma delas tenha uma particularidade? E se essas particularidades forem deficiências? Temos como aumentar o leque de possibilidades para pessoas com limites físicos, mentais e psicológicos? O Brasil dispõe de um Direito Igualitário? A sociedade brasileira aceita e reconhece as diferenças?

Eu diria que não estamos perto de encontrar as respostas para essas perguntas, mas admito que há um desafio vibrante em torno dessas questões. Desafio este levantando depois do encontro que os alunos do terceiro ano de Jornalismo tiveram com a psicóloga e estudiosa dos direitos das pessoas com deficiência Liliane Garcez, realizado pela Faculdade Cásper Líbero há duas semanas durante a aula da Professora de Legislação e Práticas Jurídicas, Ester Rizzi.

“Só conseguimos pensar em igualdade quando pensamos fora da caixinha”, Liliane Garcez

Levanto aqui a principal ideia que julguei indispensável no debate: porque questionamos direitos específicos – a públicos já direcionados – em diferentes comissões, criadas com objetivos distintos? Para explicar isso, tomo emprestado o princípio da Gestalt, uma forma de estudar a percepção humana criada por pesquisadores alemães, que é regido pela seguinte afirmação: “o todo é diferente da soma das suas partes”.

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Teoria da Gestalt – Lei da Similaridade; sozinho, o triângulo laranja não existe.

A questão das cotas

E como isso explica a maneira como fazemos hoje a política para pessoas com deficiências no Brasil? Vamos tomar como exemplo a discussão das cotas que foi levantada durante o evento. Na Lei da Inclusão, publicada em 2015, os parlamentares vetaram o artigo que dispunha das reservas de 10% das vagas em instituições de ensino profissional, da ciência e tecnologia e superior em âmbito público e privado. A justificativa do veto é a falta de instrumentos para que seja possível a concretização do projeto, além da existência de um programa de financiamento estudantil que auxilia pessoas com deficiência de acordo com a renda familiar.

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Questionada sobre a necessidade das cotas, Liliane Garcez respondeu que independentemente da condição da pessoa, todos devem ter direto à educação fundamental, isto é, de adolescentes até os 17 anos. Sobre universidades públicas, ela se mostrou favorável à proposta, mas disse que 10% das vagas ainda é uma porcentagem baixa para surtir algum efeito. E reiterou que universidades particulares raramente cumpririam a medida, tendo em vista que a premissa para se estudar em uma é o pagamento da mensalidade – o que não está previsto em uma política de cotas.

Temos como mudar?

Segundo ela, o que não vale discutir, então, é a finalidade do processo de cotas, mas sim a maneira com a qual podemos fazê-la possível, interessante e acessível. Profissionais da saúde, rampas de acesso, professores qualificados, programas direcionados, equipamentos especializados, enfim, existem milhares de questões de diferentes áreas a serem debatidas para que um estudante com qualquer tipo de deficiência possa, de fato, estudar e, consequentemente, ter maiores chances de entrar no mercado de trabalho.

O filme abaixo, “A Maçã”, conta a história de duas irmãs que são obrigadas a viverem isoladas por causa das dificuldades que seus pais, que têm deficiências distintas, têm em transitar pela cidade e pela vila onde moram.

Pensemos na seguinte manchete: “parlamentares fazem encontro com especialistas em saúde, educação e mobilidade; objetivo é discutir acessibilidade nas universidades”. Acessibilidade é uma palavra com muitos significados. Pensá-la em diferentes contextos, mas em conjunto com as várias outras políticas públicas que precisamos desenvolver é o desafio dos nossos parlamentares para que possamos falar, então, em Direito Igualitário. Por isto, quero dizer igualdade em pesos equivalentes, não em pesos iguais. Como colocou Lilian Garcez: “enfim, estaríamos pensando fora das caixinhas”.

“É nas mulheres que depositamos nossa fé”

A importância da Frente Feminista Casperiana Lisandra no ambiente acadêmico e no empoderamento das mulheres. 

Por Débora Lima e Sofia Rossas

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Grupo de Ação da Lisandra e convidadas durante a IV Semana de Mulher e Mídia.  (Foto: Divulgação)

A Frente Feminista Casperiana Lisandra é um coletivo criado em 2013 por um grupo de estudantes da Faculdade Cásper Líbero, que, após o evento Semana de Mulher e Mídia, organizado pela própria faculdade, viram a necessidade de criar uma rede de mulheres para discutir temas do universo feminino e como combater o machismo e a misoginia no ambiente acadêmico e fora dele.

Para falar sobre o feminismo e o emponderamento das mulheres, o grupo de ação da Lisandra, composta por doze meninas, organiza as reuniões semanais – que acontecem todas as quintas às 17h30, no Centro Acadêmico Vladmir Herzog -, e as reuniões auto-organizadas (só para mulheres), que ocorrem a cada quinze dias. Além disso, o GA, como se autointitulam, é responsável pela produção de conteúdo da página da Frente Feminista Casperiana Lisandra e pela moderação de um grupo no Facebook, onde muitas meninas desabafam e pedem opiniões sobre temas polêmicos.

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Reunião da Frente Feminista sobre o trote de 2014.  (Foto: Lucas Franklin Martins)

“Lisandra significa aquela que liberta”, diz Beatriz de Paula, uma das mulheres do Grupo de Ação da FFCL. Ela conta que o intuito do coletivo é acolher e emponderar as meninas sem impor nenhum tipo de vertente ou viés político. “A Lisandra é um espaço de construção e um pontapé para as meninas encontrarem o que faz sentido para elas. Posteriormente, elas podem encontrar ou não uma militância com a qual elas mais se identificam.”

Beatriz diz que o coletivo possui duas funções fundamentais: plantar uma semente de emponderamento nas mulheres e incomodá-las para que a desconstrução de pensamentos impostos pela sociedade sejam cada vez menos pertencentes ao mundo dessas garotas. Desta forma, a FFCL está cada vez mais presente no dia-a-dia das estudantes, fazendo com que termos e situações machistas ouvidos e praticados dentro e fora do ambiente acadêmico não sejam mais aceitos. “Ter a Lisandra aqui aumentou muito mais a consciência de que essas meninas tem voz.” – diz Beatriz de Paula.

A Frente está cada vez mais presente na Cásper Líbero. O diálogo entre a Lisandra e os espaços dentro da academia, como com a Atlética Jesse Owens, fazem com que o machismo seja cada vez menos aceito no ambiente casperiano. Além disso, a Lisandra virou referência e é muito citada pelos professores durante as aulas. A organização da  Semana de Mulher e Mídia também passou a ser feita totalmente pela Frente.

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Casperianas no ato do Dia Internacional da Mulher (8 de março).  (Foto: Divulgação)                             Veja outras participações da Lisandra em atos aqui.

Uma das principais preocupações da FFCL é quebrar o estigma de que só existe uma vertente de feminismo e um modelo certo a ser adotado. Mesmo sendo um coletivo voltado para as mulheres, os homens também são bem vindos nas reuniões abertas, desde que saibam seu lugar de fala. A FFCL dá abertura para que os garotos também possam ouvir as questões feministas, desconstruir e divulgar a importância de um mundo mais igualitário e menos misógino.

Já que a Cásper Líbero é majoritariamente composta por alunas mulheres, segundo Mariana Gonzalez, Naiara Albuquerque e Paula Calçade, todas participantes do grupo de ação da Frente, a Cásper ideal seria uma faculdade com mulheres a frente dos cargos mais representativos na instituição de ensino, como as coordenadorias de curso e a diretoria. Além disso, Naiara também cita a questão dos professores levarem em conta a importância de usar gatilhos durante as aulas ao falar de termos ou assuntos que possam deixar as alunas desconfortáveis. Paula, pede que os professores deem voz as alunas e levem a discussão de gênero para as aulas. Em conjunto, elas demandam a compreensão e o apoio das outras instituições dentro da faculdade para que menos assédios ocorram durante as festas acadêmicas, os trotes no início do ano e também dentro e fora das salas de aula.

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Reunião semanal da Lisandra realizada no Jardim Suspenso da Faculdade Cásper Líbero.  (Foto: Divulgação)