Histórias esquecidas da Paulista 900

O prédio com o escadão mais famoso da Paulista acumula

diversas histórias que muitos desconhecem. Uma sala com os móveis do

falecido idealizador do edifício, projetos grandiosos e visitantes ilustres.

Pretendemos trazer ao conhecimento de todos um dos elementos mais

importantes que constituem essa faculdade: as histórias ocultas.

No décimo andar, uma sala se destaca quando comparada

às demais: a Sala Cásper Líbero. Um verdadeiro museu, que guarda os

pertences do ilustre fundador da primeira universidade de jornalismo da

América Latina.

Em seu testamento, Cásper Líbero havia deixado

instruções claras, para que após sua morte sua fortuna fosse utilizada

para construir o prédio que abrigaria a sede do jornal A Gazeta e a

instituição de ensino. Entretanto, poucos conhecem a verdade sobre

como o prédio deveria ter sido construído.

Segundo Ângela Esther de Oliveira, superintendente

patrimonial da Fundação Cásper Líbero, o prédio deveria ser muito

diferente do que é hoje em dia. “ O prédio foi planejado para ter o dobro

dos andares que tem hoje. Tanto que se você observar o pé direito do

prédio é enorme. Mas houve uma mudança na administração e esses

planos foram modificados.”

Entre as ideias descartadas, podemos encontrar vários

teatros e até mesmo uma piscina olímpica. “ O terceiro andar foi

planejado para conseguir suportar toneladas de água. Isso porque o

Cásper queria que o predio abrigasse além da faculdade e do jornal, um

centro esportivo”, revela Ângela, enquanto olha pela janela de sua sala no

décimo segundo andar para a Paulista.

Outras histórias estão condensadas entre os tijolos da

Paulista 900. Como a segunda quadra no sexto andar, que foi adaptada

para outros usos, ou o poço artesiano que jaz abaixo de toda a estrutura.

Talvez a mais curiosa das histórias seja a da assombração

que vaga pelos corredores. Muitos relatam experiências que fogem do

que a ciência pode explicar. Tudo isso, segundo Ângela, decorre de uma

pegadinha feita há alguns anos. Mas a história permanece, e quem conta

um conto aumenta um ponto.

Sim, as histórias permanecem. Mas precisam continuar

vivas, pois elas, entre tantas outras coisas, compõem a identidade do

prédio de doze andares situado na Avenida Paulista, n° 900.

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